quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Um experiência que reforça a teoria da importância do ar na combustão

ESTUDO DA COMBUSTÃO V
Sugeri então aos alunos que fizessem a seguinte experiência: inverter o frasco sobre a vela e retirá-lo quando a chama estivesse para se apagar: a chama reaviva-se instantaneamente. A actividade foi realizada com visível satisfação. Concedi tempo para que as crianças brincassem, repetindo a experiência algumas vezes consecutivas. Porque ficou a chama outra vez maior?, perguntei a dada altura. A Sofia (10 anos) responde que "a vela apanhou mais ar". O Tiago (9 anos) explica o reavivar da chama quando se levanta o frasco do seguinte modo: "Quando abrimos a boca (para respirar) "é o mesmo que levantar o frasco". Pergunto se o ar no momento em que o frasco é invertido sobre a chama e após a extinção da chama permanece igual dentro do frasco. Vários alunos dizem que não. A Francisca (9 anos) diz que "o ar lá dentro já não é 'capaz'”. Outras respostas: "o ar fica usado"; "tem que haver movimentos de ar"; "a vela é como uma pessoa, se fecharmos a boca e o nariz morremos"; "a vela com o mesmo ar morre".

Análise interpretativa

A importância do ar para conservar a chama
A experiência é bastante elucidativa para os alunos reconhecerem a importância do ar no reavivar da chama. Isso está patente nas analogias com o fenómeno da respiração. Surge agora a ideia de que o ar sofre algum tipo de transformação em consequência da chama e que a renovação do ar é necessária para que a chama não se apague: tem que haver movimentos de ar; a vela com o mesmo ar morre.

Todavia alguns alunos continuam a afirmar que são válidas as três diferentes teorias anteriormente sustentadas para explicar as diferenças de tempo de combustão em frascos de diferentes tamanhos. Parece persistir ainda a causalidade baseada na covariança de dois factores e a ausência de perspectiva científica.

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