O estudo das ideias e concepções construídas de forma natural, revela um modo particular de pensar das crianças na sua interacção com o meio físico, com as seguintes características:
a) a percepção tem um papel predominante, ou seja, as crianças baseiam o seu pensamento em aspectos directamente observáveis da situação;
b) fazem um enfoque limitado aos aspectos mais salientes em termos perceptivos, o que leva as crianças a interpretarem os fenómenos em termos de propriedades absolutas dos objectos e não em termos de interacção entre os elementos de um sistema;
c) o seu interesse e atenção incidem preferencialmente sobre estados de transição que, do seu ponto de vista, requerem uma explicação, contrariamente aos estados de equilíbrio, em que aparentemente nada há para explicar;
d) utilizam um raciocínio causal linear, quer dizer, há uma sequência temporal de causa e efeito, com um sentido preferencial da causa para o efeito, o que torna difícil a compreensão da simetria das interacções entre sistemas;
e) tendem a construir teorias causais (explicativas) baseadas na simples covariança de dois factores;
f) recorrem a termos com diferentes significados na linguagem corrente e na linguagem científica, oscilando indiferenciadamente entre um e outro dos conceitos, sem disso tomarem consciência. As palavras familiares que assumem um significado específico na linguagem científica são um factor de dificuldade. As duas perspectivas, científica e pessoal, coexistem para além do ensino.
Para maior aprofundamento consultar:
Osborne, R. & Freyberg, P. (1991). Children's Science. In Osborne, R. & Freyberg P. (Eds). Learning in Science - The Implications of Children's Science, Hong Kong: Heinemann.
Driver, R.; Guesne, E. & Tiberghien, A.(1985). Children's Ideas in Science. Milton Keynes: Open University Press.
Kuhn, D.; Amsel, E. & O’Loughlin, M. (1988). The Development of Scientific Thinking Skills. London: Academic Press, Inc.
a) a percepção tem um papel predominante, ou seja, as crianças baseiam o seu pensamento em aspectos directamente observáveis da situação;
b) fazem um enfoque limitado aos aspectos mais salientes em termos perceptivos, o que leva as crianças a interpretarem os fenómenos em termos de propriedades absolutas dos objectos e não em termos de interacção entre os elementos de um sistema;
c) o seu interesse e atenção incidem preferencialmente sobre estados de transição que, do seu ponto de vista, requerem uma explicação, contrariamente aos estados de equilíbrio, em que aparentemente nada há para explicar;
d) utilizam um raciocínio causal linear, quer dizer, há uma sequência temporal de causa e efeito, com um sentido preferencial da causa para o efeito, o que torna difícil a compreensão da simetria das interacções entre sistemas;
e) tendem a construir teorias causais (explicativas) baseadas na simples covariança de dois factores;
f) recorrem a termos com diferentes significados na linguagem corrente e na linguagem científica, oscilando indiferenciadamente entre um e outro dos conceitos, sem disso tomarem consciência. As palavras familiares que assumem um significado específico na linguagem científica são um factor de dificuldade. As duas perspectivas, científica e pessoal, coexistem para além do ensino.
Para maior aprofundamento consultar:
Osborne, R. & Freyberg, P. (1991). Children's Science. In Osborne, R. & Freyberg P. (Eds). Learning in Science - The Implications of Children's Science, Hong Kong: Heinemann.
Driver, R.; Guesne, E. & Tiberghien, A.(1985). Children's Ideas in Science. Milton Keynes: Open University Press.
Kuhn, D.; Amsel, E. & O’Loughlin, M. (1988). The Development of Scientific Thinking Skills. London: Academic Press, Inc.
2 comentários:
Isto por aqui está muito parado....
Tem razão. Vou atender ao seu apelo.
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